Microsoft luta, mas o Windows XP ainda vive
Por Computerworld/US
Publicada em 14 de abril de 2011 às 08h00
Embora o Windows 7 tenha ultrapassado seu predecessor nos EUA, no mercado global o XP é líder isolado, e está longe de ser batido.
O Windows XP, o sistema operacional mais popular que a Microsoft já inventou, se recusa a morrer – apesar das sucessivas tentativas da gigante de suplantá-lo. No entanto, por não desistir, a companhia foi recompensada: nos Estados Unidos, a participação do Windows 7 (32,7%) finalmente superou a de seu predecessor (30,7%)
Os números são do instituto de pesquisa StatCounter. Eke destaca que a façanha jamais fora alcançada pelo Vista, cuja fatia de 35,6%, atingida em agosto de 2009, ficou longe do que o XP tinha à época – mais de 50%.
Por que a Microsoft quer que o Windows XP deixe de ser usado? Primeiramente, porque ela quer vender softwares e, quanto mais usuários abandonarem o obstinado SO, maior a demanda por seus novos produtos.
Mas há mais em jogo do que a simples substituição de um programa pelo outro. A companhia de Redmond desenvolve serviços específicos para as plataformas mais novas, como o pacote Live ou armazenamento da nuvem, e os clientes não poderão acessá-los se ficarem presos ao XP. Ou seja, a empresa acaba ganhando menos com tais serviços também.
Outra questão é suporte. Devido a enorme quantidade de usuários que ainda usam o SO, a Microsoft precisa continuar oferecendo assistência, e isso envolve altos custos, que, naturalmente, ela gostaria de reduzir.
XP ainda reina
Embora o Windows 7 tenha assumido a liderança nos EUA – segundo o StatCounter – o XP (45,8%) continua como o SO dominante no mercado global. Aliás, e acordo com a Net Applications – outro instituto – o domínio é ainda maior: 54,4%.
Um dos motivos para a sobrevida do defasado sistema é sua popularidade em países em desenvolvimento, como a China – que conta com mais de 450 milhões de internautas. Lá, não só o XP é líder – tinha 81,8% de participação em dezembro – como o Internet Explorer 6 (45,2%), também.
Ainda assim, o que aconteceu nos Estados Unidos pode ser visto como uma tendência. O Windows XP está vivo – bem vivo – mas, em alguns anos, deixará de existir.